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PT-BA rechaça nota do partido em Curaçá sobre episódio de racismo: 'Inadmissível'
A sigla do município disse em nota que chamar policial de "macaco" faz parte da "cultura nordestina"
Foto: Divulgação
O PT da Bahia divulgou hoje (24) pronunciamento em que rechaça a nota de apoio do presidente da sigla de Curaçá, Júlio Cezar Lopes, a Libânia Torres, detida após chamar um policial militar de "macaco", em Salvador. No perfil do Instagram, o PT municipal de Curaçá afirmou que as palavras ditas não foram racismo, mas fazem parte da "cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião".
"Acreditamos que é inadmissível a lembrança do uso do termo “macaco” empregado pelo cangaço para se referir a policiais e pistoleiros que o perseguiam. O termo sobrevive no linguajar popular do norte baiano e em outros estados do Nordeste, mas registra um período histórico que não se encaixa no contexto utilizado contra um policial negro no exercício do seu trabalho.", afirmou o PT-BA em nota.
Na declaração, o PT do estado disse ainda que o ocorrido era um caso de injúria racial e pediu desculpas à vítima, bem como ao conjunto do movimento negro.
Libânia Torres foi detida no dia 16 deste mês, após dar um tapa no rosto de um policial militar e chamá-lo de macaco, no bairro Vale dos Lagos. A defesa do PM agredido prometeu que irá processar o presidente do PT de Curaçá e todos os envolvidos na aprovação da nota de apoio à agressora.
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