Segunda-feira, 07 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Brasil

/

Advogado relembra defesa de Duda Mendonça e enaltece talento: "Era um gênio"

Brasil

Advogado relembra defesa de Duda Mendonça e enaltece talento: "Era um gênio"

Para Kakay a morte de Duda deixou o dia triste, ainda mais em um momento tão dramático do Brasil

Advogado relembra defesa de Duda Mendonça e enaltece talento: "Era um gênio"

Foto: Divulgação

Por: Luciana Freire no dia 16 de agosto de 2021 às 18:52

Um dos advogados mais renomados do país, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, relembrou, em entrevista à Rádio Metropole, a sua defesa no caso do publicitário Duda Mendonça, que morreu nesta segunda (16), aos 77 anos.

"Foi uma das sustentações orais mas emocionadas que eu já fiz na minha vida. Na tribuna eu falei que queria emprestar uma homenagem a ele. Ele era um gênio criativo e foi muito emocionante, recitei Fernando Pessoa, com muita técnica, muita paixão. Ganhamos o caso, foi uma coisa extremamente interessante. E eu fui à Bahia, a Salvador, uma churrascaria se não me engano chamada Boi Preto, que ele gostava de ir ficamos lá bebendo muito feliz com tudo isso. E ele falou uma coisa que eu não vou esquecer: 'No imaginário popular eu sou um condenado, eu sou mensaleiro. Eu vou ter que trabalhar fora do Brasil'. Porque aqui, para todo mundo é o julgamento midiático, você não tem como recorrer. E ele me falou sobre abrir uma empresa na Polônia e em Portugal, me contando as dificuldades que era de fazer uma um trabalho na Polônia, porque ele era muito musical, quase mágico. Ele era um gênio", disse Kakay.

Para Kakay a morte de Duda deixou o dia triste, ainda mais em um momento tão dramático do Brasil, e do mundo. Discutindo sobre o cenário político brasileiro, o advogado chama atenção para o resgate da bandeira brasileira, das cores verde e amarela, usada pelos "fascistas".

"No momento que eu já tinha vacinado, vi que era importante ir para rua. Me incomoda muito que o amarelo e o verde tenham sido apoderados pelos fascistas. Quero ter meu país de volta, minha alegria de volta. Eu tive a ideia de sair de amarelo e me gritaram para dar uma palavra, já tinha até escrito no artigo 'pra não dizer que não falei das cores' sobre resgatar todas as cores, que é uma questão muito simbólica: resgatar o orgulho. O presidente fez isso, destruiu as coisas que são importantes para cultura do indivíduo. Acho que nós temos que resgatar absolutamente tudo", defendeu.