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Professor da USP é afastado após dar “prêmio de pior aluno” a estudante de geologia

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Professor da USP é afastado após dar “prêmio de pior aluno” a estudante de geologia

Episódio aconteceu durante uma aula de Geologia Geral para o primeiro ano de bacharelado do curso

Professor da USP é afastado após dar “prêmio de pior aluno” a estudante de geologia

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Metro1 no dia 25 de março de 2024 às 15:45

Atualizado: no dia 25 de março de 2024 às 16:15

Um professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) foi afastado após alunos terem denunciado um suposto caso de assédio moral. O episódio aconteceu durante uma aula de Geologia Geral para o primeiro ano de bacharelado do curso.

Segundo relatos, o docente Joel Barbujiani Sigolo decidiu premiar, com livros de sua autoria sobre geologia, os dois alunos da turma que tiveram o melhor desempenho em sua disciplina. Em seguida, chamou uma aluna que teve baixo desempenho para ir até a frente da sala e receber o “prêmio de pior aluno”, que seria um livro de poesias, também de autoria do professor. Após a estudante se negar repetidas vezes a levantar e receber o prêmio, o professor teria utilizado termos “jocosos” para se referir a ela e lido um trecho do livro em voz alta.

De acordo com o centro acadêmico, a aluna em questão precisou se ausentar de atividades acadêmicas por problemas de saúde, e isso impactou na nota. Os estudantes argumentam que a atitude do professor feriu o código de ética da universidade. Em nota, a diretoria do Instituto de Geociências da USP disse: “Foi com consternação e pesar que recebemos uma nota de repúdio redigida por alunos do IGc e de outros institutos do baixo Matão. A nota dá ciência de grave ocorrido em sala durante uma das aulas do primeiro ano do Bacharelado em Geologia. Os fatos narrados são tristes, desrespeitosos e aviltantes e não coadunam de maneira alguma, com a filosofia da gestão recém-iniciada”.

Segundo o insituto, o docente envolvido está aposentado, porém, ativo via adesão ao quadro permissionário previsto no estatuto da USP. A universidade ainda ressaltou que Sigolo será afastado de todas as atividades em sala de aula até que o episódio seja investigado. "Se confirmados os fatos, serão adotadas as sanções cabíveis ao caso à luz do que preconiza a jurisprudência universitária”, afirmou o instituto.