Brasil
Cinco mulheres quilombolas foram mortas desde o caso Mãe Bernadete, diz levantamento
Pesquisa é da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
Foto: Arte sobre foto de Walisson Braga/Conaq
Cinco mulheres quilombolas foram mortas no Brasil desde o assassinato de Mãe Bernadete, em agosto de 2023. Ela era uma das lideranças do quilombo Pitanga dos Palmares, na Bahia.
O levantamento foi realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e revela que a violência contra mulheres quilombolas se intensificou no país nos últimos anos, especialmente desde 2017.
Entre janeiro de 2023 e julho deste ano, o país registrou seis assassinatos. Em 2022, segundo o estudo, houve uma morte. No ano anterior, duas, e em 2020, uma. Houve um pico em 2019, com cinco casos de assassinatos. Uma morte foi registrada em 2018. Já em 2017, foram três. Os anos de 2016 e de 2015 registraram um assassinato cada.
O estudo ainda revela que mais da metade (60%) das mulheres quilombolas vítimas de violência exerciam papel de destaque ou eram alguma liderança na cidade em que viviam. E que 20% dos assassinatos ocorreram em um contexto de conflito por posse de terra.
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