
Brasil
Instituição que atua para bets movimentou dinheiro de listados na Interpol, diz polícia
PayBrokers e filiais são citadas em R$ 3,9 bi em transações suspeitas

Foto: Divulgação/Polícia Civil
De acordo com investigação da Polícia Civil de Pernambuco, casas de apostas e suas operadoras financeiras movimentam quantias em dinheiro vivo entre contas de pessoas que constam na lista da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e, também, entre contas de mesma titularidade ou entre sócios. As informações são de relatório acessado pela Folha de S.Paulo.
Suspeita-se de dissimulação da origem e destino dos recursos. Os documentos, aos quais a reportagem teve acesso, foram produzidos com informações do Ministério da Justiça, do Banco Central e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). A apuração mirou a Esportes da Sorte e depois chegou à influenciadora Deolane Bezerra e ao cantor Gusttavo Lima. Consta ainda que a PayBrokers, empresa que presta serviços de facilitação de pagamento, registra mais de R$ 3,9 bilhões em movimentações suspeitas.
O relatório compreende o período entre janeiro de 2020 e abril de 2024, porém detalha apenas os casos que considera haver relação com o caso da Esportes da Sorte. Há dez transações intermediadas pela empresa, realizadas por duas pessoas que constam na lista da Interpol. Os valores variam de R$ 15 a R$ 3.900 e somam quase R$ 10 mil. "Identificou-se que a PayBrokers possui histórico de bloqueios judiciais de natureza de ação cível e ação criminal", completa o relatório da investigação.
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