
Brasil
Moraes autoriza Tarcísio, Mourão e militares como testemunhas de Bolsonaro em processo do STF
O ex-presidente indicou 15 testemunhas para sua defesa contra a denúncia da PGR de tentativa de golpe de Estado

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (30) o depoimento de todas as 15 testemunhas indicadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no processo que investiga uma suposta tentativa de plano de golpe.
Entre os que serão ouvidos pela Primeira Turma da Corte estão: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes; o ex-ministro Eduardo Pazuello e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão. Além deles, estão na lista de testemunhas:
- Ciro Nogueira (ex-ministro e senador)
- Rogério Marinho (senador)
- Gilson Machado (ex-ministro)
- Carlos de Almeida Baptista Júnior (brigadeiro da Marinha)
- Amaury Feres Saad (advogado)
- Wagner de Oliveira (militar)
- Renato de Lima França
- Jonathas Assunção Salvador Nery
- Ricardo Peixoto Camarinha
- Giuseppe Dutra Janino
A decisão do ministro também permite que a defesa de Bolsonaro tenha acesso imediato a todas as provas usadas contra o ex-presidente nas investigações. Os advogados questionavam a falta de acesso os documentos que baseiam a denúncia.
Além dos requerimentos de Bolsonaro, Moraes analisou os pedidos feitos pelas defesas dos outros sete integrantes do chamado ‘núcleo 1”, grupo considerado crucial na organização do plano de golpe.
Relembre o caso
Em março, STF tornou réus Jair Bolsonaro e outros sete acusados de participarem de uma tentativa de golpe de Estado. Os acusados passaram a responder criminalmente por formação de organização criminosa armada, tentativa de derrubar à força o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e ameaça, além de destruição de bem tombado.
Conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro tinha conhecimento do plano chamado Punhal Verde Amarelo, que incluía ações para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
A PGR afirma ainda que o ex-presidente tinha conhecimento da chamada “minuta do golpe”, um decreto preparado para legitimar a intervenção militar e romper a ordem constitucional.
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