Quase 60 milhões de pessoas vivem em municípios com desenvolvimento baixo ou crítico

Cerca de 47% dos municípios do país tinham Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) baixo ou crítico em 2023. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Cerca de 57 milhões de pessoas viviam nesses locais, segundo o levantamento.

No entanto, houve uma melhora no índice de desenvolvimento humano municipal desde 2013, quando 36% dos municípios estavam na categoria crítica e 41,4%, na categoria baixa.

O IFDM, que considera indicadores de emprego, renda, saúde e educação, variou entre 0,000 e 1,000, e a pesquisa revelou que os municípios com até 20 mil habitantes apresentaram um crescimento mais acelerado em comparação aos maiores. O indicador de educação foi o que mais evoluiu, com avanço de 52,1% nos últimos dez anos. No entanto, 55 municípios apresentaram retrocessos no índice durante esse período. A maior concentração de municípios com IFDM crítico ou baixo está nas regiões Norte e Nordeste, que juntas representam 87% dos municípios nessa situação.

Os municípios com os melhores índices estão principalmente em São Paulo e Paraná, com destaque para Águas de São Pedro, liderando a lista com 0,8932. Em contraste, os piores índices estão concentrados no Norte e Nordeste, com destaque para Ipixuna (AM), o município com o pior IFDM, com 0,1485. As capitais com os piores índices incluem Macapá, Boa Vista e Belém, enquanto Fortaleza e Maceió tiveram os maiores avanços no IFDM entre as capitais.