
Brasil
Ibama multa 242 pessoas por incêndios florestais criminosos em 2024
Autuações somam mais de R$ 460 milhões; seca extrema e ação humana agravaram destruição de 30 milhões de hectares

Foto: Divulgação/Felipe Werneck/Ibama
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) responsabilizou 242 pessoas por incêndios florestais considerados criminosos em 2024. As autuações incluem multas e outras medidas administrativas que somam mais de R$ 460 milhões, segundo informou o diretor de Proteção Ambiental do órgão, Jair Schmitt, nesta quinta-feira (8).
Em coletiva de imprensa, Schmitt afirmou que o Ibama segue investigando outros casos e destacou que a autarquia está intensificando as ações preventivas. “Estamos identificando propriedades com maior risco de incêndio e notificando os donos para que adotem medidas. Eles precisam saber que estamos monitorando”, disse.
O Brasil perdeu mais de 30 milhões de hectares em queimadas no ano passado — área maior que a da Itália. O aumento de 79% em relação ao ano anterior foi atribuído, além da ação humana, à seca extrema que atingiu principalmente a Região Norte, agravada pelos efeitos do El Niño e do aquecimento do Atlântico Norte.
“Foram dois anos seguidos de seca severa na Amazônia, o que deixou a floresta mais vulnerável ao fogo”, explicou André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente.
Em 2025, os primeiros dados apontam queda de até 70% nos focos de calor na Amazônia e mais de 90% no Pantanal entre janeiro e abril. Apesar da melhora nas condições climáticas, o governo alertou para um aumento recente nos focos de desmatamento, especialmente na Amazônia e no Cerrado, registrado em abril. A preocupação é evitar que esse avanço comprometa a tendência de queda observada até agora.
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