
Brasil
"Quem tem que cuidar é o pai e a mãe", diz Rico Melquiades sobre apostas e menores de idade
Influenciador negou irregularidades em contratos com sites de apostas durante depoimento à CPI no Senado

Foto: Reprodução/TV Senado
O influenciador Rico Melquiades, vencedor do reality A Fazenda 13, prestou depoimento nesta quarta-feira (14) à CPI das Apostas, no Senado. Ele negou envolvimento com jogos ilegais e afirmou que sua fortuna não vem apenas de contratos com plataformas como a Blaze.
Durante a oitiva, um dos momentos de maior repercussão foi quando rebateu críticas sobre a influência de conteúdos de apostas em menores de idade. “Quem tem que cuidar é o pai e a mãe, não eu. Tenho um sobrinho de 12 anos, e eu monitoro tudo que ele vê na internet. A responsabilidade é dos pais”, disse o influenciador.
Rico teve R$ 5,7 milhões bloqueados pela Justiça no início do ano na Operação Game Over 2, mas afirmou que os valores foram liberados após o pagamento de uma multa de R$ 1 milhão. “Meu dinheiro não é só de bets. Antes disso, ganhei R$ 1,5 milhão em um reality show e fechei muitas campanhas publicitárias durante a pandemia”, afirmou.
Ele também disse que mantinha contratos fixos de publicidade com plataformas de apostas e nunca recebeu comissão por perdas de usuários. “Eu tinha um contrato fixo. Se as pessoas jogassem ou não, eu receberia o mesmo valor”, completou Rico.
Mesmo tendo garantido o direito ao silêncio pelo STF, Rico respondeu à maioria das perguntas e negou uso pessoal de “conta demo”, ferramenta que simula apostas com aparência real: “Sei o que é, mas nunca usei.”
O influenciador afirmou ainda que seu envolvimento com apostas se limitou à publicidade. “Nunca tive relação direta com as empresas além dos contratos. Tudo está sendo apurado, e estou à disposição”, completou.
O depoimento ocorreu um dia após a influenciadora Virginia Fonseca também ser ouvida pela CPI. Ambos negaram a existência da chamada “cláusula da desgraça alheia”, que premiaria influenciadores com base nas perdas dos usuários.
A CPI das Apostas foi instaurada para investigar a atuação de celebridades na promoção de plataformas de jogos e possíveis irregularidades nos contratos.
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