
Brasil
Agente da PF fala em “matar meio mundo” em áudios ligados à trama golpista
Ainda segundo disse o policial federal nos áudios, o plano teria sido abandonado após o rompimento do apoio dentro das Forças Armadas

Foto: Reprodução
Um dos investigados no caso da suposta trama golpista, o policial federal Wladimir Soares afirmou, em um áudio, que integrava uma equipe especial com a missão era manter Jair Bolsonaro na Presidência, mesmo que fosse necessário "matar meio mundo de gente". A gravação foi localizada pela Polícia Federal em arquivos do celular de Wladimir, apreendido em novembro.
Os áudios teriam sido enviados entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Em um deles, Wladimir relata ao advogado Luciano Diniz que fazia parte de um grupo armado preparado para agir assim que Jair Bolsonaro assinasse um decreto de intervenção contra o resultado das eleições. "Eu estive lá também, né, Lu. Posso te falar aqui no privado, morre aqui. Eu fiz parte — faço, né — de uma equipe de operações especiais que estava pronta para defender o presidente, armada, com poder de fogo elevado, para enfrentar qualquer um que tentasse impedir", disse no áudio.
Ainda segundo disse o policial federal nos áudios, o plano teria sido abandonado após o rompimento do apoio dentro das Forças Armadas. Segundo ele, Bolsonaro foi "traído pelo Exército", e os generais recuaram após supostamente serem "comprados pelo PT".
"A gente ia com muita vontade, a gente ia empurrar meio mundo de gente, pô, matar meio mundo de gente, tava nem aí já, cara", diz Wladimir, que está preso sob acusação de participar da trama golpista.
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