
Brasil
Governo pede que países não penalizem Brasil após caso de gripe aviária
Ministério de Agricultura defende bloqueio apenas em área de 10 km no Rio Grande do Sul; China, UE e Argentina suspenderam compras

Foto: Divulgação/Nutrição e saúde animal
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou nesta sexta-feira (16) que trabalha para que os países importadores de carne de frango do Brasil reconheçam a regionalização dos bloqueios por gripe aviária, limitando as restrições a um raio de 10 quilômetros em torno do foco de contaminação.
A declaração ocorre após a confirmação do primeiro caso da doença em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Em resposta, Argentina, China e União Europeia anunciaram a suspensão temporária da compra do produto brasileiro. A decisão argentina foi tomada pela Senasa, agência estatal de saneamento, poucas horas após o anúncio oficial do caso. Montenegro fica a 620 km da fronteira entre os dois países.
Segundo o MAPA, a restrição localizada segue diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e leva em consideração o tamanho do território nacional. “Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor e exportador de carne de aves do mundo, com dimensões continentais, reiteramos a importância de se reconhecer a regionalização”, afirmou a pasta em nota.
Apesar dos embargos de grandes compradores, o ministério informou que países como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas já adotaram o modelo de regionalização, mantendo as importações de outras áreas do país.
O MAPA ainda destacou que o Brasil tem atuado com transparência e responsabilidade no enfrentamento da doença e garantiu que não há restrição generalizada da exportação de produtos avícolas do Rio Grande do Sul.
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