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Polícia deflagra operação contra grupo que desviou salários de jogadores como Gabigol e Kannemann

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Polícia deflagra operação contra grupo que desviou salários de jogadores como Gabigol e Kannemann

Esquema usava documentos falsos para abrir contas e pedir portabilidade de vencimentos; mais de R$ 1 milhão foi movimentado

Polícia deflagra operação contra grupo que desviou salários de jogadores como Gabigol e Kannemann

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Por: Metro1 no dia 24 de junho de 2025 às 11:30

Policiais civis de quatro estados cumprem, na manhã desta terça-feira (24), mandados de prisão e busca contra suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em fraudes financeiras que desviava parte dos salários de jogadores de futebol. Entre as vítimas estão atletas da Série A, como Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e Walter Kannemann, zagueiro do Grêmio.

Batizada de Operação Falso 9, a ação envolve policiais do Amazonas, Rondônia, Paraná e Mato Grosso, com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça. Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Almirante Tamandaré (PR) e Lábrea (AM).

Segundo apuração da TV Globo, R$ 938 mil foram desviados apenas do salário de Gabigol. A Polícia Civil informou que o chefe do grupo foi preso no Bairro Alto, em Curitiba, e outro suspeito foi detido no bairro Atuba, onde foram apreendidos celulares, documentos falsos e dados das vítimas.

Como funcionava o golpe?

A quadrilha usava documentos falsificados para abrir contas bancárias em nome dos jogadores. Em seguida, pedia a portabilidade do salário, que passava a ser depositado nas contas controladas pelos golpistas. Assim que o dinheiro caía, era rapidamente sacado, transferido ou gasto para dificultar a recuperação dos valores.

Até o momento, a polícia identificou movimentações que somam mais de R$ 1 milhão, e R$ 135 mil já foram recuperados. Parte significativa do dinheiro foi rastreada até beneficiários em Porto Velho e Cuiabá.

Os investigados poderão responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.