
Brasil
Pastor é indiciado por homotransfobia e discurso de ódio em redes sociais contra deputada Érika Hilton
Flávio Amaral também responderá por veiculação de símbolos nazistas e pode pegar até 15 anos de prisão, segundo a Polícia Civil do DF

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O pastor brasiliense Flávio Amaral foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal por homotransfobia contra a deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) e por outros crimes de discriminação. O inquérito, conduzido pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (DECRIN), foi concluído na quarta-feira (2) e já foi encaminhado ao Ministério Público do DF.
Segundo a polícia, Amaral foi enquadrado em artigos da Lei 7.716/89, que tratam de crimes resultantes de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou orientação sexual. Ele foi indiciado por veicular símbolos ou propaganda nazista e por injúria, em razão de raça, cor, etnia ou origem, este último por duas vezes.
Entre as condutas investigadas estão publicações em que o pastor afirma que pessoas LGBTQIA+ seriam “filhos da ira e da perdição” e que poderiam ser “curadas” pela religião. Em palestras e nas redes sociais, Flávio Amaral também disseminava discursos de ódio e atacava diretamente a parlamentar Érika Hilton, afirmando que “ela não era incluída no Dia das Mulheres, pois mulher não vira mulher, mulher nasce mulher”.
Se condenado por todos os crimes citados, o pastor pode ser sentenciado a uma pena de 6 a 15 anos de reclusão.
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