
Brasil
Um em cada cinco quilombolas vive em unidades de conservação ambiental, diz Censo
O levantamento mostrou que povos tradicionais em áreas de preservação ambiental enfrentam graves problemas de saneamento

Foto: Luís Henrique Wanderley/Agência de Notícia do Estado do MA
O Censo 2022 divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE, um em cada cinco quilombolas do país vive em unidades de conservação. São 282 mil pessoas, o que representa 21,2% da população quilombola. Também vivem nessas áreas 132,8 mil indígenas, cerca de 8% da população indígena do país.
O levantamento mostrou que povos tradicionais em áreas de preservação ambiental enfrentam graves problemas de saneamento. Entre os domicílios com ao menos um quilombola, 86% apresentam algum tipo de precariedade. No caso dos indígenas, o índice é de 60%. A média geral nas unidades de conservação é de 40%.
Ao todo, 11,8 milhões de pessoas vivem em unidades de conservação, segundo o IBGE. A maioria se declara parda (51%), seguida por brancos (35,8%) e pretos (11,9%). Técnicos do IBGE apontam que a alta presença de quilombolas em áreas protegidas pode estar ligada tanto a conflitos fundiários quanto ao papel dessas comunidades na preservação ambiental.
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