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Itamaraty reage a ataques de ministro israelense contra Lula: "Ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis"

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Itamaraty reage a ataques de ministro israelense contra Lula: "Ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis"

Crise diplomática se intensifica após Israel rebaixar relações com o Brasil e acusar o presidente de cometer antissemitismo

Itamaraty reage a ataques de ministro israelense contra Lula: "Ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis"

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 26 de agosto de 2025 às 16:10

O Ministério das Relações Exteriores reagiu nesta terça-feira (26) às declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de antissemita e “apoiador do Hamas”. Em nota publicada em rede social, o Itamaraty classificou as falas como “ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis”.

O Itamaraty afirmou esperar de Katz “menos mentiras e agressões” e mais responsabilidade na apuração do ataque ao hospital Nasser, em Gaza, que deixou ao menos 20 mortos, incluindo pacientes, jornalistas e trabalhadores humanitários. A chancelaria brasileira também destacou que Israel é investigado pela Corte Internacional de Justiça por possível violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.

Na mesma linha, Lula voltou a criticar a guerra em Gaza durante reunião ministerial. Ele afirmou que crianças palestinas estão passando fome e sendo assassinadas “como se fossem do Hamas” pelas forças israelenses.

As relações diplomáticas entre Brasil e Israel estão em um dos pontos mais tensos das últimas décadas. Na segunda-feira (25), o governo israelense anunciou o rebaixamento do nível das relações bilaterais, após o Brasil não conceder o agrément — autorização formal — ao nome de Gali Dagan, indicado para ser o novo embaixador em Brasília.

Segundo o assessor da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim, a decisão reflete a resposta brasileira ao tratamento dado ao embaixador do Brasil em Tel Aviv, alvo de “humilhação pública” em 2024. “Não houve veto. Eles pediram o agrément e não respondemos. Eles entenderam e desistiram”, disse Amorim.