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Barroso defende nova reforma da Previdência e critica baixa qualidade dos gastos públicos

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Barroso defende nova reforma da Previdência e critica baixa qualidade dos gastos públicos

Presidente do STF também apoiou ajustes trabalhista, tributário e cobrou mudanças administrativas

Barroso defende nova reforma da Previdência e critica baixa qualidade dos gastos públicos

Foto: Gustavo Moreno/STF

Por: Metro1 no dia 27 de agosto de 2025 às 16:30

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (27) que o Brasil precisará em breve de uma nova reforma da Previdência. Ele destacou que, apesar de avanços em indicadores econômicos, o país mantém crescimento aquém do registrado em décadas passadas e sofre com baixa qualidade nos gastos públicos.

Em evento do Grupo Globo, Barroso citou as reformas previdenciárias realizadas nos governos Fernando Henrique, Lula e Bolsonaro, mas disse que uma nova alteração será necessária diante do envelhecimento da população e da queda da taxa de natalidade. “Você tem mais gente recebendo por mais tempo e menos gente para pagar”, afirmou.

O ministro elogiou a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer, relacionando-a à atual taxa de desemprego em mínimas históricas, e a reforma tributária do governo Lula, aprovada pelo Congresso. Já sobre a reforma administrativa conduzida na gestão FHC, avaliou que ela não gerou resultados significativos e defendeu uma nova proposta que atinja todos os níveis e Poderes.

Entre os pontos defendidos, Barroso mencionou a criação de um padrão nacional para benefícios indenizatórios no Judiciário, a elaboração de uma lei sobre emolumentos de cartórios e maior rigor contra juízes que cometem faltas graves. Ele também ressaltou a eficiência do uso de inteligência artificial no STF, que reduziu o estoque de processos de 80 mil para menos de 20 mil.

Apesar da defesa por novas reformas, Barroso afirmou que o pessimismo sobre a economia brasileira ignora avanços importantes e reforça uma percepção injusta sobre o país. “Tem muita coisa ruim que acontece no Brasil. Mas perdemos um pouco a capacidade de identificar o que vai bem e o que melhorou”, disse.