
Brasil
Ministro defende uso bélico da tecnologia nuclear no Brasil: "Vamos precisar para defesa nacional"
Alexandre Silveira disse que país precisa se preparar para ameaças externas e sugeriu mudança na Constituição, que hoje restringe uso nuclear a energia e medicina

Foto: Tauan Alencar | MME
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta sexta-feira (5) que o Brasil utilize a tecnologia nuclear também para fins bélicos. O discurso foi feito durante a posse dos novos diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
“Um país que é gigante pela própria natureza, que tem 11% da água doce do planeta, clima tropical, solo fértil e tantas riquezas minerais, é importante que a gente continue e leve muito a sério a questão nuclear no Brasil, porque, no futuro, nós vamos precisar da nuclear também para a defesa nacional”, afirmou o ministro.
Hoje, a Constituição brasileira só permite o uso da tecnologia nuclear em áreas de geração de energia e medicina. Silveira sugeriu que esse cenário seja alterado.
Apesar da fala, o Brasil nunca desenvolveu armas nucleares. O país aderiu em 1998 ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, criado no fim dos anos 1960. Ainda assim, possui domínio da tecnologia de enriquecimento de urânio, consolidado a partir de um projeto da Marinha iniciado nos anos 1980.
Atualmente, o grupo de países que já desenvolveram bombas atômicas inclui Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China, França, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri).
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