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Nordeste tem alta no uso de motos e caminhadas para ir ao trabalho, aponta Censo 2022

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Nordeste tem alta no uso de motos e caminhadas para ir ao trabalho, aponta Censo 2022

Região se destaca pelo uso de meios não motorizados e baixa presença de transporte de alta capacidade; apenas 1 a cada 60 brasileiros usa trem ou metrô para trabalhar

Nordeste tem alta no uso de motos e caminhadas para ir ao trabalho, aponta Censo 2022

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 09 de outubro de 2025 às 11:34

Apenas 1,6% da população utiliza trens ou metrôs como principal meio de transporte para o trabalho no Brasil  o equivalente a 1 em cada 60 trabalhadores, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE. Em contrapartida, 32,3% passam mais tempo no trajeto dentro de carros, enquanto 21,4% utilizam ônibus, 17,8% se deslocam a pé e 16,4% usam motocicletas. A prevalência do transporte individual motorizado é maior nas regiões Centro-Sul e entre pessoas com maior escolaridade e renda.

No Nordeste, o destaque é o uso expressivo de motocicletas (26%) e do deslocamento a pé (28,1% na Bahia, por exemplo), com um total de 30,4% usando meios não motorizados na região. A proporção de uso de carros como meio principal para ir ao trabalho é menor que a média nacional: 21% dos trabalhadores da região passam mais tempo no automóvel. Estados como Maranhão, Ceará e Pará também apresentam os menores índices de uso de carros.

A pesquisa mostrou ainda que a escolaridade influencia diretamente o meio de transporte utilizado. Entre pessoas com ensino superior completo, 57,8% utilizam carros, enquanto entre os que não têm instrução ou têm apenas o fundamental incompleto, o índice cai para 18,9%. Já o uso de ônibus é mais comum entre trabalhadores pretos (29,5%) e com menor renda, reforçando desigualdades regionais e sociais na mobilidade urbana.

Segundo o IBGE, a baixa participação de trens e metrôs no transporte de trabalhadores reflete a limitação da infraestrutura de alta capacidade nas cidades brasileiras, principalmente fora do Sudeste. Para especialistas, os dados revelam um desequilíbrio na oferta de transporte público e indicam desafios urgentes para o planejamento urbano e ambiental.