
Brasil
Ex-jogador Léo Moura é investigado por ligação com site de apostas alvo da Operação Banca Suja
Moura nega envolvimento e diz que apenas fez ação publicitária; grupo é suspeito de movimentar R$ 130 milhões em três anos

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
O ex-jogador e empresário Léo Moura está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por sua relação com a empresa Palpite na Rede, alvo da Operação Banca Suja, deflagrada nesta quinta-feira (16) pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD).
De acordo com as investigações, Léo Moura atuava como garoto-propaganda da plataforma de apostas e chegou a divulgar links de cadastro em suas redes sociais, oferecendo bônus para novos usuários. A polícia afirma que essa é uma prática comum entre influenciadores, usada para atrair apostadores e gerar lucros proporcionais ao número de cadastros.
Em nota, o ex-jogador afirmou não ter envolvimento com o esquema e disse que foi contratado apenas para um trabalho publicitário. “Eu apenas fui contratado por uma empresa de publicidade para uso da imagem, mas sem vínculo com a empresa”, declarou.
Segundo a polícia, ao emprestar sua imagem à marca, Moura teria ajudado a ampliar o alcance de atividades consideradas ilegais, como cassinos virtuais e outros jogos de azar, proibidos pela legislação brasileira.
A Operação Banca Suja mira uma organização suspeita de explorar apostas online, fraudar apostadores e movimentar mais de R$ 130 milhões nos últimos três anos. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, e cerca de R$ 65 milhões em contas de investigados foram bloqueados.
As ações ocorreram no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, e em cidades da Baixada Fluminense, especialmente em Duque de Caxias. A investigação teve origem na análise de movimentações financeiras da empresa One Publicidade e Marketing Digital Ltda., responsável pela marca Palpite na Rede.
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