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Lewandowski diz que PF vai abrir "inquérito macro" contra facções no RJ

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Lewandowski diz que PF vai abrir "inquérito macro" contra facções no RJ

Ministro da Justiça também explicou que a corporação não deve entrar em "qualquer ação de nível estadual"

Lewandowski diz que PF vai abrir "inquérito macro" contra facções no RJ

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 30 de outubro de 2025 às 16:29

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira que a Polícia Federal irá abrir um "inquérito macro" para investigar as facções criminosas no Rio de Janeiro, após a operação mais letal da história do Estado, que deixou 121 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão.

O ministro explicou que essa apuração reunirá outras investigações em curso e será feita no mesmo formato da Operação Carbono Oculto, que mirou em um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio do setor de combustíveis e fintechs.

"Ele [diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues] anunciou que vai abrir um inquérito macro, uma espécie de inquérito guarda-chuva, como aconteceu no caso de combustíveis. [Nesse caso] nós fizemos um grande inquérito, abarcando todas as investigações e acabou resultando naquela operação Carbono Oculto, que se lavava dinheiro por meio do setor financeiro e bancário. Não há uma bala de prata para acabar com o crime organizado", disse o ministro da Justiça, em entrevista à Globonews.

A ideia de um inquérito atende à determinação feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, conhecida como "ADPF das Favelas".

"A Polícia Federal deverá investigar indícios concretos de crimes com repercussão interestadual e internacional e que exigem repressão uniforme, bem como garantir equipe de dedicação exclusiva com a finalidade de atuação permanente e dedicada à produção de inteligência e à condução de investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no Estado e suas conexões com agentes públicos, sem prejuízo da possibilidade de atuação conjunta aos órgãos e forças de segurança estaduais", diz o acórdão do Supremo.