
Brasil
Campanha nacional reforça combate à dengue e marca Dia D de prevenção em 8 de novembro
A iniciativa do Ministério da Saúde busca mobilizar a população e profissionais da área para eliminar criadouros do mosquito

Foto: Reprodução/Educação Médica
O Ministério da Saúde lançou a campanha nacional de combate às arboviroses nomeada “Não dê chance para dengue, zika e chikungunya”, nesta segunda-feira (3). Segundo o texto, mais de R$ 183,5 milhões serão investidos na ampliação do controle dessas doenças.
Um dos métodos que será adotado é o Wolbachia, técnica que consiste em introduzir no Aedes aegypti uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos, capaz de impedir o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Recentemente, foi inaugurada em Curitiba (PR) a maior biofábrica de Wolbachia do mundo.
De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), 30% dos municípios brasileiros estão em situação de alerta para as doenças transmitidas pelo mosquito. Os estados mais afetados são Mato Grosso do Sul, Ceará e Tocantins.
O Ministério da Saúde registrou 1,6 milhão de casos prováveis de dengue neste ano, uma redução de 75% em relação ao mesmo período de 2024. A maior concentração está em São Paulo (55%), seguido por Minas Gerais (9,8%), Paraná (6,6%), Goiás (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,2%).
“A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A nova campanha nacional pretende mobilizar a população e os profissionais de saúde para eliminar criadouros e reforçar a responsabilidade coletiva. O Dia D de prevenção, marcado para 8 de novembro, contará com ações de conscientização em todo o país.
Paralelamente, a vacinação contra a dengue segue priorizando crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios considerados de maior risco.
Segundo o Ministério da Saúde, ações simples podem reduzir significativamente o risco de transmissão da dengue, zika e chikungunya: instalar telas em janelas e usar repelente em áreas de risco; eliminar recipientes que possam acumular água; manter reservatórios e caixas d’água vedados; limpar calhas, lajes e ralos com frequência; apoiar e participar das ações de controle realizadas pelos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
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