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Secretários de segurança realizam primeira reunião presencial do Escritório de Combate ao Crime Organizado no Rio

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Secretários de segurança realizam primeira reunião presencial do Escritório de Combate ao Crime Organizado no Rio

Encontro ocorreu duas semanas após megaoperação que deixou 121 mortos

Secretários de segurança realizam primeira reunião presencial do Escritório de Combate ao Crime Organizado no Rio

Foto: Reprodução- Gov RJ

Por: Metro1 no dia 04 de novembro de 2025 às 18:40

O secretário de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, e o secretário nacional de segurança pública, Mário Sarrubbo, fizeram a primeira reunião presencial do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, nesta terça-feira (4), na caputal fluminense, para coordenar ações integradas entre as forças de segurança estaduais e federais no enfrentamento de facções que atuam no Brasil.

O encontro foi realizado duas semanas depois da mega operação, realizada pela Polícia Civil e Militar no Rio, que resultou em  121 mortos, sendo 117 civis e quatro policiais. Também foram efetuadas 113 prisões, sendo 93 em flagrante e 20 por cumprimento de mandados.

As reuniões do escritório emergencial continuarão sendo realizadas de forma virtual duas vezes por semana, para manter o acompanhamento constante e a transparência na execução das ações conjuntas.

“Tratamos de temas essenciais para o Rio de Janeiro e já temos outras reuniões programadas para os próximos dias. Foi criado um grupo técnico para garantir que todas as ações e entregas ocorram de forma ágil e eficiente. Foi um encontro muito produtivo”, afirmou Victor dos Santos.

Entre os temas abordados estão o reforço na fiscalização das fronteiras, para reduzir a entrada de armas no estado, e o fortalecimento da Força Integrada de Combate ao

Crime Organizado (Fico), que passará a contar com novos analistas para ampliar sua capacidade operacional.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, destacou a importância de uma resposta coordenada entre os estados:

“A entrada de armas no Rio de Janeiro vem de vários pontos do país e do exterior, portanto, é necessário o envolvimento de toda a nação. Vamos chamar o Brasil para este diálogo. Tenho certeza de que teremos respostas eficientes e desestruturantes para a criminalidade.”
Também foram discutidos mecanismos de financiamento para futuras operações integradas e o avanço do Plano de Retomada de Território, que busca restabelecer a presença do Estado em áreas dominadas por facções criminosas, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Rio pode vencer batalhas sozinho, mas não a guerra. O enfrentamento ao crime organizado precisa ser nacional, porque esses grupos atuam em todo o país. Essa parceria entre o estado e o governo federal é fundamental para enfraquecer essas organizações e proteger a população”, declarou Lewandowski.