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MP recorre e pede condenação de réus absolvidos por incêndio no Ninho do Urubu

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MP recorre e pede condenação de réus absolvidos por incêndio no Ninho do Urubu

Ainda não há data para o julgamento do recurso

MP recorre e pede condenação de réus absolvidos por incêndio no Ninho do Urubu

Foto: Reprodução/TV Globo

Por: Metro1 no dia 11 de novembro de 2025 às 09:19

O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu nesta segunda-feira (11) da decisão que absolveu todos os réus pelo incêndio no Ninho do Urubu, que matou dez jovens atletas do Flamengo em 2019. No recurso, o órgão descreve uma série de negligências que teriam transformado o centro de treinamento em um “ambiente de morte” e pede a reversão da sentença. O MP também solicita que seja reconhecida a responsabilidade penal de Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do clube, mesmo com a punibilidade extinta, em respeito à memória das vítimas.

O recurso pede a condenação dos sete réus absolvidos em primeira instância, entre dirigentes do Flamengo, engenheiros e prestadores de serviço. O Ministério Público sustenta que todos contribuíram para as falhas estruturais e operacionais do alojamento onde os meninos dormiam, e que as condutas configuram negligência grave e previsível.

Na área cível, o MP-RJ requer que as famílias dos dez mortos e dos três feridos sejam indenizadas com valores proporcionais à gravidade da tragédia, à repercussão do caso e à capacidade econômica dos envolvidos. O Flamengo é apontado como responsável solidário por todos os pagamentos.

Entre as irregularidades listadas estão o uso de contêineres inflamáveis, falta de certificação do Corpo de Bombeiros, ausência de sistemas de combate a incêndio, janelas gradeadas, fiação precária e aparelhos de ar-condicionado instalados irregularmente. O Ministério Público afirma que o conjunto dessas falhas demonstra descaso generalizado e dispensa a identificação exata da faísca que iniciou o fogo.

Ainda não há data para o julgamento do recurso. Os réus terão prazo para responder aos argumentos apresentados pelo MP-RJ antes que o caso volte a ser analisado pela Justiça.