
Brasil
Coalizão reúne mais de 120 instituições para reduzir emissões do transporte em 70% até 2050
Lançada durante a COP30, em Belém, a iniciativa propõe 90 ações para descarbonizar o setor de mobilidade urbana e fortalecer a transição para uma matriz de transportes limpa e sustentável no Brasil

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Cerca de 121 organizações, entre empresas privadas, concessionárias, secretarias municipais e associações ligadas à mobilidade urbana, aderiram à Coalizão para a Descarbonização dos Transportes, uma iniciativa nacional que pretende reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa do setor até 2050. O marco foi alcançado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém (PA).
A coalizão é liderada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Motiva, empresa especializada em infraestrutura de mobilidade. O grupo mantém diálogo direto com os ministérios do Meio Ambiente, dos Transportes e de Portos e Aeroportos, e pretende contribuir para o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, documento que será apresentado oficialmente durante a COP30.
Criada em 2024, a iniciativa reúne o setor público e privado em torno de 90 ações estratégicas para mitigar o impacto ambiental dos transportes — segmento responsável por 11% das emissões nacionais, cerca de 260 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) equivalente. As medidas propostas têm potencial para evitar a liberação de 287 milhões de toneladas de CO₂e na atmosfera até 2050.
O plano de ação da coalizão, lançado em maio de 2025, estabelece diretrizes em seis eixos prioritários: infraestrutura e interseccionalidades, mobilidade urbana, transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário (incluindo a cabotagem).
Entre as principais metas estão a revisão da matriz logística nacional, com ênfase na diversificação dos modais de transporte; o incentivo ao uso de biocombustíveis e combustíveis de baixo carbono; e a expansão da eletrificação de frotas, aproveitando a matriz elétrica limpa e renovável do Brasil, considerada uma das mais sustentáveis do mundo.
A expectativa dos organizadores é que a coalizão se torne uma plataforma permanente de cooperação entre governos, empresas e entidades civis, acelerando a transição para um sistema de transportes mais eficiente e de baixa emissão.
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