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Congresso presta homenagem a policiais mortos na Operação Contenção no Rio de Janeiro

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Congresso presta homenagem a policiais mortos na Operação Contenção no Rio de Janeiro

Sessão solene reconheceu a atuação das forças de segurança fluminenses e lamentou as mortes de quatro agentes durante a operação mais letal já registrada no país

Congresso presta homenagem a policiais mortos na Operação Contenção no Rio de Janeiro

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Por: Metro1 no dia 12 de novembro de 2025 às 15:45

Atualizado: no dia 12 de novembro de 2025 às 15:50

O Congresso Nacional realizou nesta quarta-feira (12) uma sessão solene em homenagem aos quatro policiais mortos durante a Operação Contenção, deflagrada no último dia 28 nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

Familiares e amigos dos policiais militares Heber Carvalho da Fonseca e Clei Serafim Gonçalves, e dos policiais civis Rodrigo Velloso Cabral e Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho participaram da cerimônia, que também prestou tributo ao governador Cláudio Castro e às polícias Militar e Civil do estado.

O evento contou com a presença de autoridades como o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira; o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi; o secretário estadual de Segurança Pública, Victor Cesar Carvalho dos Santos; e o comandante do Bope, tenente-coronel Marcelo Corbage.

A homenagem foi proposta pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e pelo deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ). Nogueira destacou que a sessão buscou reconhecer a coragem e o sacrifício dos agentes que participaram da operação, classificada como a mais letal da história do país, com 121 mortes, incluindo as de quatro policiais.

“É necessário enaltecer a bravura dos policiais civis e militares que arriscaram suas vidas no combate às organizações criminosas, em defesa da população”, afirmou Nogueira. “Essa guerra não é contra as comunidades, mas contra os criminosos que escravizam o povo”, completou.

Segundo o governo do Rio de Janeiro, a Operação Contenção resultou na morte de 117 suspeitos, na apreensão de 93 fuzis e na prisão de 113 pessoas. Dos 100 mandados de prisão expedidos, apenas 20 foram cumpridos. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como líder do Comando Vermelho, segue foragido.

Apesar das críticas de entidades de direitos humanos e associações de moradores, que classificaram a operação como “desastrosa” e “ineficaz”, o governador Cláudio Castro voltou a defendê-la durante a solenidade.

“Esta é uma homenagem justa, mas triste. As únicas vítimas da Operação Contenção foram os policiais mortos e feridos em ação”, declarou Castro.

O governador também reiterou críticas às restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da ADPF das Favelas, decisão que limita operações policiais em comunidades desde 2020.

“Foi preciso uma grande operação, com o sacrifício de quatro guerreiros e o sangue de outros nove, para o Brasil acordar e perceber de que lado está a lei e a ordem”, disse Castro, mencionando pesquisas que apontam apoio popular às ações de enfrentamento ao crime organizado.

Durante a sessão, o Congresso entregou placas de homenagem aos representantes das forças de segurança fluminenses “pela bravura e pelos esforços empenhados na preservação da ordem pública e da segurança da população”.

Para o deputado Doutor Luizinho, a Operação Contenção marcou um ponto de inflexão no enfrentamento à criminalidade.

“Temos orgulho de ver o Rio de Janeiro voltar a ser protagonista no combate às facções criminosas. É dever do Congresso reconhecer o sacrifício e a coragem dos policiais que arriscam suas vidas todos os dias”, afirmou.