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Operação no Rio prende apenas 4 dos 51 alvos com mandados de prisão

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Operação no Rio prende apenas 4 dos 51 alvos com mandados de prisão

Governo do Rio enviou ao STF endereços na Penha de réus que já se encontravam presos

Operação no Rio prende apenas 4 dos 51 alvos com mandados de prisão

Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 24 de novembro de 2025 às 15:54

Dos 51 réus com mandados de prisão incluídos na Operação Contenção, ação que terminou com 122 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, apenas quatro foram efetivamente capturados. Outros dois alvos já estavam presos e tiveram os mandados cumpridos dentro do sistema penitenciário. Os demais não foram encontrados.

Ao prestar informações ao STF na segunda-feira (17), o governo do Rio não detalhou esses números e afirmou apenas que, durante a operação, 17 pessoas com mandados de prisão expedidos foram detidas.

A gestão Cláudio Castro (PL) enviou ao ministro Alexandre de Moraes os endereços de 38 réus que supostamente residiriam na Penha, incluindo os dois que já se encontravam presos. A relação foi intitulada como uma lista de “mandados de prisão expedidos em desfavor de indivíduos que residem ou podem ser encontrados no Complexo da Penha/Alemão”.

Entre os nomes enviados estavam André Felipe Mendes da Silva e Walmir Oliveira Santos, apontados entre os 51 alvos e já encarcerados por tráfico, segundo o Tribunal de Justiça.

Há pelo menos três prisões registradas antes do início da incursão, marcada para as 5h do dia 28 de outubro. Três homens foram detidos cerca de duas horas antes, quando tentavam fugir após receberem informações de que a operação aconteceria. Eles foram interceptados por um policial civil e por PMs ao atravessarem uma passarela armados em motocicletas. Houve troca de tiros, resultando em dois feridos e presos; o terceiro suspeito foi detido, enquanto os demais fugiram.

Em outro episódio, quatro horas antes do início oficial, dois homens que se identificaram como líderes do Comando Vermelho foram mortos durante confronto. Segundo registro policial, eles disseram aos agentes, antes de morrer, que tentavam escapar após receberem uma “informação vazada” sobre a operação. Ambos foram incluídos na lista oficial de mortos, embora o secretário de Segurança, Victor Santos, tenha declarado em coletiva que essas mortes não ocorreram durante a ação.

Procurado, o governo informou que “todas as informações pertinentes foram enviadas ao STF e correm sob sigilo”. Porém, exceto laudos de necrópsia e imagens de câmeras, os demais documentos estão públicos.

O Tribunal de Justiça informou que, dos 145 mandados de busca e apreensão, apenas 34 foram cumpridos, resultando em apenas sete apreensões. A polícia alegou ao Judiciário que fatores como terreno instável, ataques simultâneos e mortes ou ferimentos de agentes prejudicaram a execução dos objetivos.

Segundo o relatório, várias equipes precisaram deixar a comunidade devido a prisões em flagrante e apreensões inesperadas, o que teria alterado o planejamento para garantir a segurança dos policiais.