
Brasil
PF diz que vai apurar “todos os elos” em investigação sobre emendas na Câmara
Operação Transparência mirou ex-assessora de Arthur Lira e apura desvios de recursos públicos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, comentou nesta segunda-feira (15) a Operação Transparência, que cumpriu mandados de busca e apreensão na Câmara dos Deputados na última sexta-feira (12) e teve como alvo uma ex-assessora do deputado Arthur Lira quando ele era presidente da Casa.
Segundo Rodrigues, a PF vai apurar “todos os elos”, “todas as etapas” e verificar se houve parlamentares envolvidos.
“O inquérito foi determinado pelo ministro Flávio Dino [STF] a partir de depoimentos e denúncias por parlamentares. Eles trouxeram relatos de como funcionaria esse esquema. Então estamos investigando todas as etapas, se houve comprometimento na ponta, se houve intermediário, se houve parlamentar ou não. Investigamos com seriedade e serenidade. Vamos apurar todos os elos”, disse o diretor em café com jornalistas na sede da PF.
A operação apura desvios na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares e cumpriu dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Segundo a CNN, uma dos alvos da ação foi Mariângela Fialek, ex-assessora do deputado Arthur Lira (PP-AL). Atualmente, ela está lotada como servidora da liderança do PP, mas sempre atuou como braço direito de Lira, principalmente à época em que ele presidia a Câmara dos Deputados.
Na decisão, o ministro Flávio Dino destacou que a ex-assessora atuava “supostamente sob ordens diretas” de Lira e que “exercia o controle” de desvios de emendas parlamentares decorrentes do orçamento secreto.
Rodrigues também comentou eventuais pressões políticas em casos de repercussão e afirmou manter interlocução com parlamentares e presidentes das Casas Legislativas. “Quem não aguentar a pressão que não venha pro jogo. Tenho convicção e certeza do que estamos fazendo. Com correção e sem caça às bruxas e perseguição política. Sem fulanização e com rigor”, declarou.
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