
Brasil
Em esquema, Sérgio Cabral e grupo chamavam propina de "oxigênio", diz PF
Os detalhes do esquema de propina comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, preso na manhã desta quinta-feira (17), foram divulgados por procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e delegados da Polícia Federal (PF). [Leia mais...]

Foto: Agência Brasil
Os detalhes do esquema de propina comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, preso na manhã desta quinta-feira (17), foram divulgados por procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e delegados da Polícia Federal (PF). As investigações indicam que, ao menos R$ 224 milhões foram movimentados e divididos em duas etapas: além dos 5% do valor orçado que ia direto para Cabral, outro 1% era chamado de "taxa de oxigênio", que era entregue à Subsecretaria de Obras, comandada por Hudson Braga.
Ainda segundo o levantamento, três grandes obras foram superfaturadas: reforma do Estádio do Maracanã (R$ 1,05 bilhão, boa parte de recursos federais); Arco Metropolitano (ao custo de 1,55 bilhão); e obras do PAC em favelas como Manguinhos, Rocinha e Complexo do Alemão (total de R$ 1,14 bilhão). No esquema, Cabral recebia mesadas de propina. A Andrade Gutierrez pagou R$ 350 mil mensais por 12 meses, e a Carioca Engenharia pagava R$ 200 mil no primeiro mandato, entre 2007 e 2010.
No segundo mandato, o valor mais do que dobrou, passando para R$ 500 mil. Os investigadores afirmam que o atual governador Luiz Fernando Pezão não foi citado em qualquer delação até o momento. Pezão foi vice-governador e secretário de Obras durante todo o governo Cabral.
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