Ex-senador do DF tenta recuperar mansão irregular ocupada por moradores de rua

O ex-senador e empresário Valmir Amaral entrou na Justiça para tentar recuperar uma mansão, construída em área pública às margens do Lago Paranoá, em região nobre do Distrito Federal. O Tribunal de Justiça do DF planejava leiloar a casa no ano passado para pagar dívidas trabalhistas das empresas do ex-senador, mas os advogados de Amaral conseguiram suspender o certame argumentando que parte da mansão está no nome do pai do empresário, que já morreu. O espaço tem sido usado como abrigo por moradores de rua

 Os advogados de Amaral alegam ainda que a casa não esta abandonada, que as invasões só começaram após  intervenção do governo do DF, que derrubou os muros que cercavam a mansão, e que a família deixou o local por conta da falta de segurança. Contudo, mesmo com a tentativa dos advogados, a Vara de Falências do TJ afirmou que leilão deverá ser realizado ainda no primeiro semestre de 2017. A casa está vazia desde agosto de 2016 e parte do imóvel foi derrubada por estar construída em área pública.

A mansão possui três campos de futebol, estacionamento amplo, piscina, churrasqueira e heliponto. Tudo está abandonado pelos moradores e a casa chegou a ser assaltada duas vezes desde que a família deixou o imóvel inabitado. A casa é usada ainda por moradores de rua com frequência para dormir e até para usar a piscina. 

O advogado Luís Coelho, que defende a mãe de Valmir, Ana Amância do Amaral, acusou o governo de não ter  cercado a mansão como teria prometido. "Hoje ela está na casa de amigos porque a ameaça é constante de quem invadiu o lote. O local ficou vulnerável", diz o advogado, que negou que a mansão tenha sido construída em área pública. A falência do grupo do qual Amaral é herdeiro foi decretada em março de 2016.