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Lava Jato: Nestor Cerveró é condenado a 12 anos de prisão

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Lava Jato: Nestor Cerveró é condenado a 12 anos de prisão

Também foram condenado Fernando Soares, o Fernando Baiano e Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal. Os três são acusados de envolvimento no esquema de fraude, corrupção, desvio e lavagem dinheiro descoberto dentro da Petrobras pela Operação Lava Jato. [Leia mais...]

Lava Jato: Nestor Cerveró é condenado a 12 anos de prisão

Foto: Reprodução / Agência O Globo

Por: Camila Tíssia no dia 17 de agosto de 2015 às 12:58

A Justiça Federal condenou Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, a 12 anos, três meses e 10 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na compra, pela Petrobras, de navios-sondas da Samsung, que envolveu pagamento de propina e depósitos em contas no exterior. Também foram condenado Fernando Soares, o Fernando Baiano e Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal.

Os três são acusados de envolvimento no esquema de fraude, corrupção, desvio e lavagem dinheiro descoberto dentro da Petrobras pela Operação Lava Jato. Eles foram acusados de receber e intermediar propina em contratos da estatal.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México. Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, segundo a denúncia apresentada pelo MPF em dezembro de 2014.

O doleiro Alberto Youssef, que é considerado peça chave no esquema criminoso, também é réu nesta ação. Entretanto, ele foi absolvido do crime de lavagem. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais na primeira instância, avaliou que não há prova suficiente sobre esta prática. Dos condenados, apenas Julio Camargo não está preso.

Foi em uma audiência, inclusive, desta ação que Júlio Camargo afirmou que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), pediu US$ 5 milhões para viabilizar um contrato de navios-sonda na Petrobras. O deputado nega.