Rombo ou Roubo no IBC? PHA conta sobre pedido de ajuda a ACM após equívoco

Em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira (8), o jornalista Paulo Henrique Amorim, destacou as histórias contadas em seu livro “O Quarto Poder”, que será lançado nesta terça na capital baiana. “O livro tem muitas histórias boas, inclusive, de [Antônio Carlos Magalhães] ACM”, disse.

Paulo falou sobre o episódio em que foi encarregado de cobrir um rombo no Instituto Brasileiro de Café (IBC). “Recém chegado a Rede Globo, era muito disputado, pois tinha saido do Jornal do Brasil e fui fazer TV. Chego lá, o Armando Nogueira me deu uma coluna de economia no Jornal da Globo. Época de muita inflação, fui a Brasília e encontro no hall de entrada o Saulo Ramos, foi consultor-geral da república e também o Paulinho Graciano. E Saulo diz: 'Você não sabe... O presidente nos deu a tarefa de resolver um rombo no IBC. Sumiu dinheiro para tudo o que foi lado, prejuízo no preço do café. Fui para o Rio e gravei: 'Rombo no IBC'”, disse.

“Na hora de editar e colocar no ar, um editor muito talentoso que não posso dar o nome, ele trocou a
manchete: 'Paulo Henrique denuncia roubo no IBC'. Meu telefone toca: a segunda editora, que estava no lugar do Armando, mandando eu ligar para Dr. Roberto Marinho, que disse: 'Meu filho, você não se adaptou à televisão. Você denunciou um roubo no IBC. E você não pode fazer isso comigo, porque todos aqueles que resolveram quebrar a harmonia e semear a discórdia quebraram, e eu sou uma empresa da pacificação. Aqui no Globo não trabalhamos assim. Na segunda-feira, procure o departamento pessoal', e eu tentava explicar que foi um equivoco”, disse Paulo.

Amorim disse que a orientação dada por Armando Nogueira, diretor de jornalismo da emissora, foi a de "sumir". Depois de um tempo, foi contatado por Nogueira, que informou que PHA já poderia voltar ao trabalho. Curioso sobre a mudança de postura de Roberto Marinho, Paulo Henrique perguntou a Nogueira o que havia acontecido. “Ele mobilizou os amigos de Dr. Roberto, e um foi ACM, na época ministro das Comunicações, que ligou para Dr. Roberto e tentou resolver me fazendo elogios”, afirmou.