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Caso Marielle: testemunhas não ouvidas dizem que PM mandou ʹprocurar o que fazerʹ

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Caso Marielle: testemunhas não ouvidas dizem que PM mandou ʹprocurar o que fazerʹ

Quando o veículo de Marielle reduziu a velocidade, o passageiro que estava sentado no banco traseiro do Cobalt abriu a janela escurecida por película, apontou uma pistola de cano longo e efetuou os disparos. O som, dizem as testemunhas, foi abafado. Em seguida, o Cobalt saiu cantando pneus em direção à rua Joaquim Palhares. [Leia mais...]

Caso Marielle: testemunhas não ouvidas dizem que PM mandou ʹprocurar o que fazerʹ

Foto: Divulgação

Por: Alexandre Galvão no dia 01 de abril de 2018 às 20:00

Duas testemunhas ainda não ouvidas pela Polícia Militar falaram ao O Globo sobre o dia da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

De acordo com a reportagem, as duas testemunhas estavam a cerca de 15 metros do local onde ocorreu o crime. Elas afirmam que o carro em que estavam a vereadora, o motorista e uma assessora parlamentar – que sobreviveu ao crime – foi fechado por um Cobalt prata, em uma curva em direção ao bairro da Tijuca, e quase subiu na calçada.

Quando o veículo de Marielle reduziu a velocidade, o passageiro que estava sentado no banco traseiro do Cobalt abriu a janela escurecida por película, apontou uma pistola de cano longo e efetuou os disparos. O som, dizem as testemunhas, foi abafado. Em seguida, o Cobalt saiu cantando pneus em direção à rua Joaquim Palhares.

Localizadas por O Globo, as testemunhas afirmaram que os policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM) pediram para que todos os que estavam no local se afastassem, com exceção da assessora sobrevivente. Uma das testemunhas diz que alguns agentes orientaram que todos fossem para casa “procurar o que fazer”.

“Foi tudo muito rápido. O carro dela [Marielle] quase subiu a calçada. O veículo do assassino imprensou o carro branco”, disse uma das testemunhas, que também afirmou ter visto o braço do atirador, que estava no banco de trás. “O homem que deu os tiros estava sentado no banco de trás e era negro. Eu vi o braço dele quando apontou a arma, que parecia ter silenciador”, afirmou à reportagem do jornal.