
Brasil
Motorista de Marielle, Anderson começou a ser seguido dois meses antes do atentado
Suspeita de membros do MP-RJ é que os acusados pelo duplo homicídio tenham instalado um rastreador no carro do motorista

Foto: Reprodução / Facebook
O motorista Anderson Gomes, morto a tiros no atentado que também vitimou a vereadora Marielle Franco em 14 de março de 2018, teve seus passos monitorados desde janeiro daquele ano, ou seja, por pelo menos dois meses antes do atentado. A informação foi confirmada ao portal UOL por fontes ligadas à investigação do duplo homicídio.
O monitoramento da rotina de Anderson começou quando ele só trabalhava um dia por semana como motorista de Marielle. No mês seguinte, ele passou a trabalhar diariamente para a vereadora assassinada, após um acidente do motorista titular de Marielle.
A investigação aponta que os suspeitos do duplo homicídio, o policial militar Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, sabiam de rotas de Anderson, inclusive de trajetos próximos à sua residência, na zona norte do Rio, e outros usados para fins particulares.
Membros do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) chegaram a cogitar que os suspeitos tivessem instalado um aparelho de rastreamento de rotas no carro de Anderson, mas a solicitação para uma segunda perícia no carro a fim de se verificar se havia este dispositivo só foi feita cerca de um ano após o crime, quando o veículo já tinha sido destinado para um leilão em São Paulo. Por esta razão, a perícia não foi realizada.
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