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Tensão em Paraisópolis aumentou após morte de sargento da PM

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Tensão em Paraisópolis aumentou após morte de sargento da PM

Comunidade vive abusos sistemáticos por parte da polícia há muitos anos, com ameaça de toque de recolher

Tensão em Paraisópolis aumentou após morte de sargento da PM

Por: Matheus Simoni no dia 02 de dezembro de 2019 às 07:19

Moradores da comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, têm feito relados sobre o aumento da tensão após o assassinato de um sargento da Polícia Militar, Ronald Ruas, no dia 2 de novembro. A região foi palco de uma ação policial que resultou na morte de nove pessoas pisoteadas e  12 feridos durante um baile funk na madrugada de domingo (1º). Ao portal Terra, moradores comentaram uma possível "invasão" da PM na comunidade.

"Os moradores estão com medo, e nos enviam relatos de agressões e ameaças constantes", disse a pesquisadora Marisa Fefferman, da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio, grupo que busca que dar visibilidade a casos de abuso nas periferias. De acordo com Marisa, a comunidade de Paraisópolis vive abusos sistemáticos por parte da polícia há muitos anos. Houve toque de recolher na região de 2013 e 2015, segundo a ativista, por ordem de agentes de segurança.

Na noite de domingo, centenas de moradores de Paraisópolis tomaram as ruas da favela e arredores para protestar contra o episódio. Durante a manifestação, os moradores cantaram um trecho de um funk clássico. "Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci", entoaram.