
Brasil
‘Não sou garoto-propaganda de nada’, diz cardiologista Roberto Kalil sobre cloroquina
O médico foi utilizado por Bolsonaro como exemplo de defensor do medicamento contra o coronavírus

Foto: Reprodução/TV Globo
O cardiologista Roberto Kalil Filho, que trabalha no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), afirmou que continua defendendo uso da cloroquina apenas para pacientes com coronavírus que estejam internados, como determina o Ministério da Saúde. O profissional foi contaminado pela Covid-19 e utilizou o remédio em seu tratamento.
"Não sou garoto-propaganda de nada, sou garoto-propaganda do que salva vidas", afirmou ele, em entrevista à Folha.
Kalil ainda reforçou que a cloroquina não foi a única substância utilizada em seu tratamento, já que fez uso também de antibiótico, corticoide e anticoagulante. Ele foi elogiado pelo presidente Jair Bolsonaro, defensor do medicamento, em pronunciamento oficial.
O cardiologista ainda está em casa e segue com tosse frequente. Ele relatou os sintomas que teve durante os dez dias que passou internado para tratar a doença. "Era uma dor no corpo que parecia estar arrancando todos os músculos, horrível. Teve um dia que eu pensei em ligar para o David [Uip, infectologista] e falar: desisto, tira os remédios, eu não quero mais nada.”
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