Boletins de coronavírus sofreram alterações após Bolsonaro exigir limite de mil mortes diárias
Para atender ao limite, a solução foi separar os óbitos ocorridos nas últimas 24hrs das mortes de datas anteriores, mas que só foram confirmadas naquele período
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Por Kamille Martinho no dia 08 de Junho de 2020 ⋅ 16:40
A manipulação dos dados da pandemia da covid-19 no Brasil, operada pelo Ministério da Saúde, ocorreu após o presidente Jair Bolsonaro exigir que o número de mortes pelo coronavírus ficasse abaixo de mil por dia.
Para atender ao limite imposto pelo presidente, a solução foi separar os óbitos ocorridos nas últimas 24 horas das mortes de datas anteriores, mas que só foram confirmadas naquele período. Anteriormente, o ministério somava todas as mortes confirmadas em um dia, independente de quando ela havia ocorrido.
Segundo o Estadão, a estratégia do Palácio do Planalto é um tentativa de demonstrar que não há uma escalada da doença fora de controle, além de apontar um exagero por parte da imprensa.
O Brasil superou o número de mil mortes diárias pela primeira vez em 19 de maio.