
Brasil
Salles recua de proposta para reduzir meta oficial de preservação da Amazônia
Segundo o secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, a proposta era uma tentativa do Ministério do Meio Ambiente de abandonar a meta de preservação

Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro Ricardo Salles desistiu da proposta de substituir a meta de redução das queimadas e desmatamento ilegal em 90% até 2023, enviada ontem (4) ao Ministério da Economia. Ao invés disso, ele propõe proteger uma área de 390 mil hectares de floresta amazônica. A informação é do jornal "O Globo".
O recuo do Ministério do Meio Ambiente acontece após ambientalistas e entidades demonstrarem preocupação com a sugestão. Segundo o secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, a proposta, na verdade, é uma tentativa do Ministério do Meio Ambiente de abandonar a meta de preservação.
"O objetivo de proteger áreas, seja ele qual e como for - coisa que o ministro [Ricardo Salles] não explica no ofício como será feito - não é equivalente e não pode substituir o objetivo de diminuir desmatamento e queimada ilegal. São coisas diferentes. O que o ministro fez foi tentar abandonar a meta de redução de 90% do desmatamento", explica Astrini.
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