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Lava Jato: irmãos sócios da Avianca Holdings são presos por suspeita de irregularidade em contrato da Transpetro

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Lava Jato: irmãos sócios da Avianca Holdings são presos por suspeita de irregularidade em contrato da Transpetro

German e José Efromovich são donos de estaleiro que teria sido usado para pagamento de propina; companhia aérea não é alvo de operação

Lava Jato: irmãos sócios da Avianca Holdings são presos por suspeita de irregularidade em contrato da Transpetro

Foto: Divulgação / PF

Por: Metro1 no dia 19 de agosto de 2020 às 09:01

Os empresários German Efromovich e Jose Efromovich, sócios da Avianca Holdings, foram presos preventivamente na manhã de hoje (19) em São Paulo, na 72ª Fase da Operação Lava Jato. A informação é do G1.

Além de sócios da segunda maior companhia aérea da América Latina, que está em recuperação judicial, os presos são irmãos e donos do estaleiro Eisa - Estaleiro Ilha S.A. A Avianca e a Ocean Air não são citadas na investigação.

Os irmãos também controlavam a Avianca Brasil, criada em 2007 a partir das operações da Ocean Air e que teve a falência decretada no último mês de julho.

Seis mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos em Alagoas e no Rio de Janeiro na atual fase da operação, que foi batizada de "Navegar é Preciso". As investigações apontam o envolvimento dos dois empresários em esquemas de corrupção na Transpetro, envolvendo contratos de construção de navios firmados pela estatal com o estaleiro Eisa.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a organização criminosa fraudava o caráter competitivo das licitações pagando propina no valor de R$ 40 milhões a altos executivos da Petrobras, além de empresas como a Transpetro. O MPF afirma que um dos funcionários que recebeu o valor ilícito é Sérgio Machado, que, à época, era presidente da estatal. Atualmente, Machado é colaborador.

Apurações internas apontam que a atuação dos executivos do estaleiro Eisa junto a Sérgio Machado causou prejuízos de mais de R$ 611 milhões à Transpetro.

As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal em Curitiba. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 651.396.996,97 das pessoas físicas e jurídicas envolvidas, além de fixar várias medidas cautelares.