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"É inédito que um supermercado tenha o protocolo de ligar para o tráfico", diz deputado sobre execução em Amaralina

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"É inédito que um supermercado tenha o protocolo de ligar para o tráfico", diz deputado sobre execução em Amaralina

Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) acompanha o caso de perto

"É inédito que um supermercado tenha o protocolo de ligar para o tráfico", diz deputado sobre execução em Amaralina

Foto: Reprodução

Por: Gabriel Amorim no dia 06 de maio de 2021 às 15:35

O crime que acabou com duas mortes depois de um suposto furto de carne no supermercado Atakarejo, em Amaralina, chegou ao conhecimento da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O grupo acompanha as investigações do crime que acabou com a morte de tio e sobrinho, que teriam sido entregues a traficantes pelos seguranças do estabelecimento. Familiares e amigos das vítimas chegaram a fazer protestos dentro do centro de compras.

O deputado estadual Jacó (PT), presidente da comissão, explica que o grupo trabalha no caso desde o início da semana. “É inédito que uma grande rede de supermercados tenha associação com o tráfico. Cria um tribunal da morte. Duas vidas que valeram 700 reais. Que esquema de segurança é esse que ao invés de ligar para a polícia liga para o tráfico de drogas?”, questiona.

Segundo o deputado, na última terça-feira (4), familiares das vítimas foram recebidos na reunião da comissão de direitos humanos. “Pedimos que uma delegada especial fosse designada para o caso o que já aconteceu. O que a polícia já nos autorizou a dizer é que eles já pegaram o fio da meada para descobrir quem matou, quem foi o responsável por essa ordem. Estão confiantes em descobrir quem foi que deu essa orientação ao segurança, de acionar o tráfico”, explica.

Sobre as investigações, o deputado acredita que elas precisam revelar ainda outros pontos. “Precisamos lançar luz sobre que empresa é essa que presta serviço de segurança para o Atakarejo. Se a ordem não partiu deles, no mínimo há conivência em acatar uma orientação de acionar o tráfico. É inédito que uma rede de supermercados grande tenha associação com o tráfico. É um caso complexo e que vamos acompanhar”, afirma Jacó.