"A maior dificuldade foi fazer as pessoas falarem Krav Maga", diz mestre que trouxe luta para o Brasil

O Grão Mestre Kobi Lichtenstein, israelense que trouxe o Krav Maga ao Brasil, contou ao Metro1 como foi o desafio de transmitir a arte marcial aos brasileiros. Ele relata que a implantação do esporte, há mais de 30 anos, já começou com um bloqueio, mas ele já foi superado, e hoje tem grande difusão no país. 

"Aqui no Brasil, a coisa mais difícil foi que as pessoas falassem 'Krav Maga' corretamente", diz, rindo. "Hoje, as pessoas conhecem, já tem no dicionário. Mas antes teve mesmo essa dificuldade". O mestre, criador de uma técnica da arte, veio ao país em 1990, como pioneiro em uma missão de divulgá-la em toda a América Latina.

Apesar da dificuldade inicial, o israelense diz que não foi complicado propagar o esporte pelo país. "O resto foi fácil. As pessoas queriam entender e aprender o Krav Maga, então não foi um desafio difícil de ser realizado. Aí começamos a espalhar. A técnica é muito simples e serve para qualquer pessoa se defender".

Com essa visão, Kobi lançou um livro "diferente de qualquer outro conhecido no Krav Maga". Intitulado de "Krav Maga: O legado de Imi Lichtenfeld", ele vai ser lançado nesta quinta-feira (14) em Salvador. Nele, o autor adianta que nao há apenas técnicas: conta também a história do povo judeu, do criador da arte marcial, de quem foi discípulo, e dos valores utilizados por ele para a criação do Krav Maga. Por isso, tem o diferencial de ser direcionado "não só aos praticantes, mas ao público em geral".

"Essa filosofia de vida precisa chegar nas pessoas vivem na mão da violência,como aqui. A gente tem medo de andar na rua, com objetos de valor, de carro com janelas abertas... O Krav Maga mostra como podemos viver melhor, observando as coisas a partir de uma nova ótica da vida", completa. O lançamento do livro ocorre às 18h, no Shopping Paseo. Além de uma sessão de autógrafos, Mestre Kobi também irá dar uma palestra e realizar a demonstração de alguns movimentos da arte.