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Bompreço abre sindicância interna para investigar caso de racismo no supermercado do Salvador Shopping

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Bompreço abre sindicância interna para investigar caso de racismo no supermercado do Salvador Shopping

Segundo denúncia, três adolescentes negros foram trancados em sala dentro do estabelecimento e sofrido agressões e ameaças de seguranças do centro comercial

Bompreço abre sindicância interna para investigar caso de racismo no supermercado do Salvador Shopping

Foto: Reprodução

Por: Adele Robichez no dia 01 de fevereiro de 2022 às 18:20

Após a denúncia de um caso de racismo no Salvador Shopping, o Supermercado Bompreço, local onde, dentro de uma sala, três adolescentes negros foram agredidos e ameaçados de morte por seguranças, afirmou que abriu uma sindicância interna, nesta terça-feira (1º), para apurar o fato. A situaçao foi exposta por Yuri Carlton, fundador do Projeto Social Boa Luta, destinado ao ensino de artes marciais à crianças e adolescentes, do qual as vítimas participam.

Segundo Carlton, os meninos, de 14, 16 e 19 anos, teriam sido trancados, no dia 19 de janeiro deste ano, por volta das 18h30, pelos funcionários do shopping em uma sala dentro do Supermercado Bompreço por aproximadamente 15 minutos, após terem sido acusados injustamente de furto. Lá, eles teriam sofrido uma série de insultos, agressões físicas e ameaças sérias. Pouco mais de uma semana depois, os mesmos seguranças responsáveis pela ação teriam tentado sequestrá-los.

Diante disso, o Grupo BIG, responsável pela administração do supermercado no Salvador Shopping, afirmou que "assim que tomou conhecimento do fato, o Bompreço abriu uma sindicância interna para apurar e tomar todas as medidas necessárias" e "colabora com as autoridades na investigação do caso". A nota ainda reforça que "o caso ocorrido não corresponde aos procedimentos e aos valores da companhia" e que "o seu código de ética não tolera nenhuma forma de discriminação".

O Salvador Shopping também informou que está apurando o fato, mas disse que “todas as informações levantadas apontam para uma ocorrência que não teve participação de colaboradores do quadro do shopping”. Apesar disso, informa que entrou em contato com os integrantes do Projeto Boa Luta “para entender melhor a grave denúncia”.