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Vendas caem e pesquisador diz que é preciso discutir financiamento do Carnaval
O modelo de negócio do Carnaval da Bahia foi um dos assuntos comentados pelo vice-reitor da Universidade Federal da Bahia e doutor e pesquisador em Cultura, Paulo Miguez, durante entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (1). Miguez afirmou que este ano, a folia tem gerado debates, pois a venda de abadás diminuiu e alguns blocos nem vão conseguir ir para a rua. [Leia mais...]

Foto: Valter Pontes/Agecom
O modelo de negócio do Carnaval da Bahia foi um dos assuntos comentados pelo vice-reitor da Universidade Federal da Bahia e doutor e pesquisador em Cultura, Paulo Miguez, durante entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (1). Miguez afirmou que este ano, a folia tem gerado debates, pois a venda de abadás diminuiu e alguns blocos nem vão conseguir ir para a rua.
"O financiamento da festa precisa ser debatido. São vários os artigos que a cultura é tratada com dignidade. Empregar dinhero público na festa não é jogar dinhero fora, isso gera retorno para a cidade. Ao participar do financiamento, a iniciativa privada não pode dar as cartas na festa, isso não podemos permitir. O Carnaval é uma patrimônio popular e não pode ser tratado como mercadoria. A transparência da festa é importante", disse.
Ainda falando sobre a economia da folia, Miguez ressaltou que tenta compreender as transformações para enquadrar as mudanças na lógica do evento. "O EVA tinha como mote ser o metro quadrado mais bonito da Avenida, vamos acabar com esse mercado mercantilista. O preço do abadá está diretamente ligado ao artista que está em cima do trio. A tendêcia é que o abadá dê lugar a pulseirinhas na festa. O poder público não vem fazendo com regularidade a contagem da economia da festa. A tendência é que os blocos de trio acabame e deem lugar aos camarotes".
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