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"Fui agredida tentando ligar para a polícia", conta advogada sobre agressões em loja de cosmético

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"Fui agredida tentando ligar para a polícia", conta advogada sobre agressões em loja de cosmético

Profissional questiona o motivo de, quando a guarnição da polícia ter chegado ao local, o diretor executivo da marca de cosméticos ter fugido

"Fui agredida tentando ligar para a polícia", conta advogada sobre agressões em loja de cosmético

Foto: Reprodução

Por: Geovana Oliveira no dia 14 de fevereiro de 2022 às 15:02

A advogada Yasmin Maria Silva Oliveira, que acusa o diretor executivo da Amavia de agressão, rechaça o posicionamento do diretor da empresa, Carlos Nunes, e diz que fica "indignada" a cada vez que tem acesso a seus depoimentos. 

Em entrevista ao Metro1, a profissional questiona o motivo de, quando a guarnição da polícia ter chegado ao local, em Lauro de Freitas, o diretor executivo da marca de cosméticos ter fugido. "Por que não foi, naquele momento, à delegacia? Prestou informações? Deu depoimento?", pergunta. 

Yasmin, advogada trabalhista, narra que passou rapidamente de profissional a vítima na ocasião. Na quinta-feira (10), foi com o cliente Rafael Batista — até então funcionário da empresa — propor um acordo trabalhista para seu desligamento. "Eu sou advogada trabalhista e eu tô deixando bem claro, eu não sabia nem como conduzir a coisa na delegacia", desabafa. 

Convocados para uma reunião presencial, a advogada e o cliente compareceram ao local. Então, contam que foram levados para uma sala afastada, onde foram agredidos.

"Eu fui agredida justamente tentando ligar para a policia, sou agredida no olho na direção em que o celular estava, para que eu não conseguisse falar com a policia.  Rafael chegou a cair no chão, ficar em posição fetal enquanto ele dava pontapés e chutes. Rafael não tinha tomado ainda a ciência da proporção, até eu conseguir fechar a porta e trancar", conta. 

Yasmin diz que, no primeiro momento, não pretendia publicizar o caso. Mas, diante da falta de resposta da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e das constantes ameaças ao cliente, resolveram expor o ocorrido. 

"Não queria que os meus clientes me vissem dessa maneira, eles têm me mandado mensagens preocupados. Não era dessa maneira que eu queria conduzir minha advocacia. E, principalmente, por proteger minha filha", diz emocionada. 

No final, conta, conseguiu explicar a situação para a filha. "Confesso que ontem eu ainda estava muito na postura de advogada, mas quando eu vi a minha foto sendo publicada, eu meio que entendi que a agressão foi pelo fato de ser mulher. Rafael é um homem homossexual magro, e eu uma mulher. Eu me senti um pouco impotente, mas estou tendo apoio psicológico", afirma.

Em nota, Nunes negou as agressões e disse que sempre pautou sua minha história "na ética e no respeito, bem como na valorização do ser humano". 

Afirmou ainda que os fatos narrados "jamais ocorreram da forma contada, o que será provado judicialmente, porque não tenho dúvidas de que a Verdade, prevalecerá".