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Moradores do Bate-Facho reclamam de enchentes causadas por córrego obstruído
Prefeitura culpa moradores pelo descarte de lixo em locais indevidos
Foto: Leitor Metro1
Os moradores do Bate-Facho, na Avenida Jorge Amado, reclamam do alagamento do córrego durante todo período de chuvas. Há preocupação com o transbordamento e enchentes. De acordo com eles, falta cuidado da gestão municipal para limpar o lixo que dificulta a vazão da água.
O morador Roberto Mendes, dono de uma oficina no local, afirma que a sujeira do córrego, uma alvenaria e estruturas da Embasa fazem com que a água fique empoçada quando chove. Nesta quarta-feira (20), ele enviou um vídeo ao Metro1 que mostra o córrego cheio.
"Na minha oficina já deu um metro de água, e na época eu tomei um prejuízo de R$ 70 mil. Foram várias enchentes. Eu tenho aqui no total 6 elevadores, e eu desço todos os carros no elevador. Eu tenho muita amizade e qualquer coisa eles me chamam e venho. Noite de chuva, fico com o coração na mão. É só limpar ali. Já pedi a tanta gente isso, mas nunca ninguém fez nada", diz Mendes.
Procurada pelo Metro1, a Embasa afirmou que o problema é causado pela grande quantidade de lixo lançado irregularmente no córrego. A empresa disse ainda que as estruturas da implantadas no local, que são adutoras de água tratada e equipamentos de suporte a tubulações de água, não impedem o fluxo da água de chuva.
A Embasa também afirmou que a limpeza do local é responsabilidade da Prefeitura Municipal. Contatada, a Secretaria de Manutenção (Seman) respondeu que no Bate-Facho há uma série de problemas: "construções irregulares em cima do completo, lajes completas, tem alguns trechos que podem ser limpos, outros só podem ser limpos com desapropriação do imóvel".
A Seman afirma ainda que realiza a limpeza, não só no canal, mas também dentro da comunidade, mas os moradores continuam jogando lixo em lugares inadequados. A Prefeitura de Salvador está fazendo uma campanha de conscientização nesta semana.
"Estima-se que 90% dos alagamentos urbanos sejam causados pela obstrução do lixo nas bocas de lobo e entupimentos no sistema de drenagem, canais, sendo esta uma problemática gerada pelos próprios moradores", diz nota.
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