Sem ambulantes permitidos, Zoológico de Salvador é considerado "abandonado" por visitantes

Quem visita o Zoológico de Salvador diz encontrar um ambiente muito diferente do que imaginava - ou do que costumava ser o parque. O fisioterapeuta Thiago dos Reis, 42, esteve no local no último sábado (7), com a família. Acompanhado do afilhado, Reis se chocou com o aspecto de abandono do zoo. 

"Vários setores estão fechados. Aquela parte onde tinham as serpentes, uma lojinha também, estão fechadas", afirma. O fisioterapeuta considera que muitos espaços estão descuidados. "Logo na entrada, você vê que o aquário está com água suja. Algumas jaulas estavam com pouca visibilidade, com mato alto". 

Além disso, Thiago estranhou a quantidade de animais disponíveis para observação. Segundo ele, muitas jaulas estavam vazias. O Instituto do Meio Ambiente e Rercursos Hídricos (Inema), órgão que administra o Zoológico, disse que "no momento, o parque dá ênfase à fauna local", explicando que, por isso, não poderiam ser encontrados animais de diversos tipos no Zoológico. 

Em geral, o visitante Thiago dos Reis considerou a experiência como "péssima". "Foi um dia bem ruim e todo mundo que estava por lá teve a mesma impressão". O fisioterapeuta foi ao local sem celular e usando carro por aplicativo, aconselhado por amigos que não sentiram segurança ao visitar o local. 

Além dos problemas com relação à manutenção do espaço, outra queixa do fisioterapeuta foi com relação à ausência dos ambulantes, proibidos desde março de 2020 de atuar no Zoológico, por causa da pandemia. "Não tinha nem como comprar uma água", relembra. 

O Inema confirmou a proibição aos ambulantes e não deu perspectiva de quando a categoria pode ser liberada novamente para atuar no Zoológico. 

Com relação ao aspecto de abandono, o Inema diz que uma manutenção é feita toda segunda-feira, quando o parque é fechado para "manutenção, cuidado dos animais e limpeza geral".