Gol diz que apura denúncia de racismo em voo e que prioridade são as bagagens: "Sem exceções"

Após a denúncia de um caso de racismo em um voo da Gol, quando uma mulher negra foi retirada da aeronave por seguranças, a empresa se posicionou, por meio da assessoria, e disse que a prioridade é a acomodação das bagagens, que "devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções". A nota foi enviada à imprensa neste sábado (29), após a repercussão de um vídeo do episódio, que aconteceu no aeroporto de Salvador durante a madrugada.

A cliente, identificada como Samantha, teria sido ignorada pelos comissários ao tentar achar lugar para guardar sua bagagem. Após isso, de acordo com as testemunhas, recusou despachar a mochila que estava com o seu computador dentro, por conta do risco de dano. Ainda assim, a Gol alega que foram dadas alternativas a ela e que, "por medida de segurança", ela não poderia fazer a viagem. A mulher foi abordada por três agentes da Polícia Federal.

"Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo", diz trecho do comunicado.

A empresa afirmou que está apurando os detalhes do caso, mas destacou a prioridade na política interna: "Lamentamos os transtornos causados aos clientes, mas reforçamos que, por medidas de Segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções".