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Pestana diz que vai apresentar em menos de dois meses um novo projeto para hotel
Após a enorme repercussão negativa do fechamento do Hotel Pestana — o maior de Salvador, localizado no Rio Vermelho, com 23 andares e 433 apartamentos —, o governo do estado e a Prefeitura de Salvador afirmaram à Metrópole que esperam o grupo português apresentar um projeto definitivo para o equipamento, que encerrou suas atividades na semana passada. [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira/Metropress
Após a enorme repercussão negativa do fechamento do Hotel Pestana — o maior de Salvador, localizado no Rio Vermelho, com 23 andares e 433 apartamentos —, o governo do estado e a Prefeitura de Salvador afirmaram à Metrópole que esperam o grupo português apresentar um projeto definitivo para o equipamento, que encerrou suas atividades na semana passada.
O secretário de Turismo de Salvador, Érico Mendonça, afirmou ao Jornal da Metrópole que pretende esperar cerca de um mês até que os responsáveis pelo Pestana apresentem as condições e propostas para o grupo permanecer em solo soteropolitano.
Já o secretário de Turismo do estado, Nelson Pelegrino, disse que também continua aguardando uma definição dos portugueses, mas que segue com a tese de que o hotel fechou as portas por falta de investimentos próprios.
Segundo Pelegrino, caso o Pestana decida não continuar operando em Salvador, já há até um grupo interessado em assumir o controle das atividades. Contudo, o secretário reafirmou que espera prioritariamente uma posição dos lusos. No total, entre julho e dezembro de 2015, o hotel, comandado pela rede portuguesa de mesmo nome, que administra 87 unidades em 15 países, demitiu mais de 120 funcionários.
Estudos de viabilidade econômica
Contatado pelo Jornal da Metrópole, o diretor operacional do Grupo Pestana, Paulo Dias, afirmou que em até 50 dias deve apresentar uma nova proposta para o equipamento hoteleiro. “Não se trata de reforma. É um novo projeto. Por exemplo, entre as possibilidades em estudo, está o redimensionamento do hotel à realidade do mercado. No momento, estamos em desenvolvimento do masterplan, que abrange estudos de viabilidade técnica e econômica, no qual são feitos o diagnóstico do imóvel, as avaliações das legislações pertinentes e do potencial da região”, explicou.
“Com base na análise desses dados, é desenvolvido um plano de ocupação e uso da área, com previsão de investimento e retorno. Esta é a fase do novo projeto, que será anunciado em breve. Não temos condições de determinar uma data específica. Mas, possivelmente, num prazo de 50 dias, estaremos apresentando o novo projeto à cidade”, completou. No ano passado, segundo um levantamento feito pela Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), a ocupação média do Pestana foi de 47% — 13% abaixo do mínimo estimado para um empreendimento hoteleiro pagar todas as contas.
“Deve ficar para, no Máximo, abril. Vamos esperar”
Apesar de o Pestana negar uma reforma, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Érico Mendonça, aposta numa proposta de reformulação. “Estamos aguardando eles apresentarem qual a decisão deles em relação ao inicio da reforma do hotel. Eles ainda não fizeram essa apresentação. Deve ficar para, no máximo, abril. Vamos esperar para ver os cronogramas e os planos, coisa de 30 dias, já que eles fecharam em fevereiro. Caso não haja a reforma, vamos sentar e analisar as reais condições deles”, afirmou.
Vereador defende união governo-prefeitura
Para o vereador de Salvador Paulo Magalhães Jr. (PV), o Hotel Pestana fecha as portas num momento em que a capital baiana está na contramão da crise econômica vivida pelo país. “A nova Orla está aí, Salvador se prepara para receber o turista e um equipamento do porte do Pestana fecha as portas sem dar maiores explicações à população baiana, depois de tantos incentivos que eles receberam. Ninguém diz o que aconteceu, de fato, para esse fechamento de forma abrupta”, disse.
Paulo defende que haja uma união de esforços entre o governo do estado e a Prefeitura de Salvador para que o hotel reabra. “Tem que haver uma mobilização, pois houve financiamentos e incentivos da iniciativa pública para que o hotel se instalasse na Bahia. É o maior equipamento da cidade e tem muita história. Não pode ficar assim “, ressaltou.
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