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Após condenar opinião pública, procurador pode ser punido pelo MP: "Moralismo"
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) não recebeu bem as declarações do procurador Rômulo Moreira sobre a opinião pública. Em entrevista à Rádio Metrópole, no início de março, o procurador afirmou que considerava a opinião pública “uma merda”, ao falar sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que condenados em decisão de segundo grau sejam presos imediatamente. [Leia mais...]

Foto: Reprodução/Bocão News
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) não recebeu bem as declarações do procurador Rômulo Moreira sobre a opinião pública. Em entrevista à Rádio Metrópole, no início de março, o procurador afirmou que considerava a opinião pública “uma merda”, ao falar sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que condenados em decisão de segundo grau sejam presos imediatamente.
Moreira reclamou da possibilidade de punição e classificou a medida como "puritana" e "moralista". "Depois de 25 anos de Ministério Público, já tendo ocupado por mais de dez anos várias funções de confiança na Instituição, inclusive sub-procurador geral de Justiça por quatro anos, agora respondo a uma reclamação disciplinar. Motivo: o radialista disse, a propósito de minha opinião acerca da decisão do STF no HC que acabou com a presunção de inocência após a decisão de segundo grau, que 90% da opinião pública era contrária ao meu entendimento, ao que respondi que, para mim, a opinião da opinião publicada era uma merda. Simples. Disse apenas, com autenticidade e sem ser pernóstico, o que o STF deveria ter dito. Resultado: eu que nunca respondi sequer a uma sindicância e sempre fui promovido por merecimento na carreira, sem nunca ter entrado em um gabinete para pedir voto, estou agora às voltas com o CNMP. Não sou corrupto. Cumpro rigorosamente meus prazos. Meus HCs são devolvidos no dia seguinte, invariavelmente, em respeito ao paciente. Sinal dos tempos. Esse moralismo. Esse puritanismo. Como explicar isso aos meus filhos?", se defendeu o procurador em entrevista ao Bocão News.
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