Enquanto em SP e RJ Uber caminha pra liberação, Prefeitura de Salvador resiste

A Prefeitura de Salvador já declarou que irá combater a atuação dos motoristas cadastrados no aplicativo Uber na cidade. Até este sábado (9), foram dois carros apreendidos desde a quinta-feira, quando o serviço começou a rodar pela capital baiana. A iniciativa do prefeito ACM Neto vai de encontro ao que acontece em outras capitais brasileiras.

Em sentença publicada nesta semana, a juíza Ana Cecília Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, garantiu que o Uber pudesse continuar sendo utilizado no território carioca. Com a decisão, o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro/RJ) e a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro não poderão aplicar multas ou praticar quaisquer atos que restrinjam ou impossibilitem a atividade, obrigando que o aplicativo seja regulamentado.

Em São Paulo, a prefeitura tenta articular com o Legislativo para adaptar projeto de lei e regulamentar o uso do aplicativo na capital. Segundo o prefeito Fernando Haddad, a estimativa é de que, até o final deste mês, a atividade seja regulamentada. "Trata-se de um substituto, um projeto de lei que está sendo construído junto o com o Executivo  e que dará respaldo ao que já foi discutido com a sociedade", afirma.

 Neto resiste e reforça 'ilegalidade' do aplicativo

Iniciando operação em Salvador na última quinta-feira (7), o Uber já tem a reprovação do prefeito ACM Neto. Se antes ele já havia afirmado que “não simpatizava” com o serviço, agora, o prefeito prometeu punir os motoristas do aplicativo com a apreensão dos veículos que forem flagrados fazendo o transporte privado de passageiros.

 "Já me manifestei e quero repetir, inclusive me reuni ontem com o secretário Fábio Mota, sou contra o serviço do Uber porque ele passa ao largo de qualquer regulamentação", afirmou, segundo o jornal Correio. De acordo com Neto, os atuais motoristas do Uber são os que rodavam como clandestinos em Salvador. "O que haverá é fiscalização e sempre que possível apreensão de quem esteja fazendo esse serviço, que está a margem da lei, portanto é considerado ilegal pela prefeitura de Salvador", explicou.