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Entenda como funcionam as 14 sirenes acionadas em áreas de risco em Salvador

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Entenda como funcionam as 14 sirenes acionadas em áreas de risco em Salvador

Atualmente, são 14 sirenes distribuídas por comunidades de Salvador

Entenda como funcionam as 14 sirenes acionadas em áreas de risco em Salvador

Foto: Divulgação/ Codesal

Por: Ismael Encarnação no dia 29 de novembro de 2024 às 17:47

Atualizado: no dia 29 de novembro de 2024 às 18:44

Com o risco de deslizamento devido à chuva que atingia a cidade, todas as 14 sirenes de alerta de Salvador foram acionadas nas áreas de risco na última quarta-feira (26). Em situações como essas, a função desse mecanismo é alertar aos moradores sobre a hora de sair de casa e buscar as escolas municipais que passam a receber o papel de abrigo provisório em situações como as ocorridas nos últimos tempos.

O mecanismo é acionado em situações de emergência, como quando o acumulado de chuvas alcança 150mm em 72 horas. Na quarta-feira, esse índice chegou a 197mm no Imbuí, por exemplo. Em Saramandaia, atingiu 156mm, foi nessa região onde aconteceu o caso do soterramento de casas, que causou a morte de duas pessoas.

Saramandaia não tem sirene. Atualmente, elas se distribuem pelas comunidades de Mamede (Alto da Terezinha); Bom Juá; Irmã Dulce (Cajazeiras 7); Mangabeira I (Cajazeiras 8); Mangabeira II (Cajazeiras 8); Calabetão; Vila Picasso (São Caetano); Creche (Castelo Branco); Moscou (Castelo Branco); Vila Sabiá (Liberdade); Voluntários da Pátria (Lobato); Baixa do Cacau (São Caetano); Bosque Real (Sete de Abril); e Olaria.

O papel das sirenes e abrigos
De acordo com Gabriela Morais, coordenadora de Ações de Prevenção da Codesal, a escolha dos locais é feita com a identificação de fatores como de risco e potencial de causar vítimas fatais, além da quantidade de famílias expostas. Morais ainda informa que aqueles que buscam refúgio nos abrigos temporários acabam recebendo prioridade para que a Codesal faça vistorias e verifique a situação dos seus imóveis. Caso os profissionais constatem, durante a vistoria, riscos nas residências, os moradores passam a receber acompanhamento. 

“É importante informar que a gente não toca a sirene simplesmente. Os moradores que participam dos nossos núcleos, que a gente faz contato nas mobilizações, eles são cadastrados no 4099 e no nosso sistema também”, explica a coordenadora, destacando que, sempre que há risco, os moradores recebem informações até que o Alerta Máximo seja emitido e as sirenes passem, de fato, a serem acionadas. Nos últimos 10 anos, conforme informações da Codesal, 11 pessoas morreram em decorrência dos deslizamentos, todas no ano de 2015, em tragédias ocorridas nos bairros da Fazenda Grande do Retiro, Bom Juá e Baixa do Fiscal. 

As causas dos deslizamentos de terra 
Geólogo da Codesal, João Carneiro lembra que Salvador possui solos com diferentes propriedades e a sua composição vai depender da região. Assim, o solo do Subúrbio não é o mesmo solo do Centro da cidade, por exemplo. Associado a isso, uma região mais inclinada da cidade, com uma ocupação desordenada e com infiltração de água no solo, tende a sofrer tragédias do tipo. O acúmulo de lixo nas encostas é, segundo o geólogo, um outro fator que pode influenciar diretamente no rompimento de solos encharcados, com piora dos quadros.